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Sabado, 26 de Abril de 2025
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Preço da carne vai cair? Medidas do governo não são efetivas, diz analista

Economia

Preço da carne vai cair? Medidas do governo não são efetivas, diz analista

Além de não ver efetividade das medidas, o analista ainda destacou uma preocupação ainda maior com relação a isso

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O preço da carne subiu em todo o Brasil nos últimos meses e acumulou alta de 20,8% em 2024, a maior em cinco anos. Com o consumidor insatisfeito com a inflação dos alimentos, o Governo Federal anunciou medidas ligadas à redução de impostos de importação, na tentativa de baratear os produtos.

No entanto, para Fernando Iglesias, analista de proteína animal da Safras & Mercado, a tentativa não deve aliviar os preços. “As medidas não são efetivas para combater a alta dos alimentos. No setor de carnes o Brasil já é disparado a melhor alternativa para o fornecimento, então de quem nós vamos comprar?”, diz o especialista.

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O analista vê como improvável a possibilidade de encontrar um país que o Brasil possa importar e o produto chegue com custo menor do que a carne produzida internamente. A perspectiva é a mesma para as proteínas bovinas, suínas e de aves.

No caso da carne de frango, ainda há o agravante do surto de influenza aviária em diversos produtores globais, que afeta o preço em outros países, que inclusive tendem a importar mais do Brasil.

Além de não ver efetividade das medidas em relação ao preço das carnes, o analista ainda destacou uma preocupação com a medida citada para flexibilizar a fiscalização sanitária dos alimentos. “Isso abre um precedente perigoso para que o país comece a adotar uma postura menos combativa em relação ao nosso rigor sanitário, podendo trazer problemas no nosso mercado”, afirmou Iglesias.

Boi gordo recua em fevereiro e pode baratear carnes

Apesar do pessimismo em relação à queda dos preços devido às medidas propostas pelo governo, o preço da carne pode ser afetado pelo mercado do boi. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o arroba do boi gordo fechou o mês de fevereiro com queda de 4,16%.

Segundo pesquisadores da instituição, a disponibilidade interna de carne bovina no início deste ano foi recorde. A soma de animais disponíveis em janeiro e fevereiro pode ter superado em 10% o volume do primeiro bimestre de 2024 e em 38% o de dois anos atrás. “A queda dos preços do boi em fevereiro está atribuída ao aumento da oferta de fêmeas. Os preços caíram em várias regiões do país e isso vai gerando impacto em relação ao comportamento do mercado”, disse Iglesias.

Para o Cepea, os preços mais altos sustentados em 2024 revelam a resiliência da carne bovina no cardápio do brasileiro, explicada em boa parte pela baixa taxa de desemprego. Com o aumento da oferta neste início de ano, o consumidor pode ver algum efeito baixista nos preços.

Em janeiro, a disponibilidade interna de carne bovina atingiu o máximo histórico, segundo cálculos do Cepea. Já para fevereiro, estima-se diminuição de quase 9% em comparação a janeiro, justificada pela redução dos abates no mês. Em relação a um ano atrás, no entanto, os pesquisadores projetam crescimento de cerca de 7%.

FONTE/CRÉDITOS: https://content.btgpactual.com/
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