O Brasil acaba de alcançar um marco inédito na aquicultura: a criação da primeira tilápia geneticamente modificada do país. A inovação é fruto de uma parceria entre a empresa Brazilian Fish e o Center for Aquaculture Technologies (CAT), dos Estados Unidos. A tilápia foi desenvolvida com tecnologia de edição genética de ponta, que altera de forma precisa partes específicas do DNA. O alvo da modificação é a miostatina, uma proteína que regula o desenvolvimento muscular. A alteração visa acelerar um processo que levaria décadas por métodos tradicionais, sem recorrer ao uso de hormônios.
Segundo técnicos da Brazilian Fish, os peixes não são transgênicos, mas sim organismos com edição genética — uma técnica reconhecida por sua precisão e segurança. O resultado é um animal que cresce mais rapidamente, consome menos ração e oferece melhor rendimento, contribuindo para uma produção mais eficiente, competitiva e ambientalmente sustentável.
A iniciativa já foi autorizada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e encontra-se em fase de testes. A expectativa do setor é que essa tecnologia agregue valor à tilapicultura nacional, fortalecendo a produção da proteína animal mais cultivada no país. A tilápia geneticamente modificada reforça o papel do Brasil como referência em inovação no agronegócio e representa um avanço significativo para o futuro da aquicultura brasileira.
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