
Combater o crime e o tráfico de drogas é, por definição, dever das forças de segurança. Mas essa responsabilidade acaba de ganhar um aliado de peso em Cascavel. Na tarde desta sexta-feira (6), foi sancionada a Lei do Junho Branco, que institui oficialmente o mês municipal de combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas no município.
A legislação é de autoria dos vereadores Hudson Moreschi e Everton Guimarães, e foi sancionada durante o lançamento da campanha “Vape Zero”, no Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira. A ação marca o início das atividades do Junho Branco, com foco especial na prevenção ao uso de cigarros eletrônicos — conhecidos como “vapes” —, cujo consumo tem crescido entre os jovens e representa hoje uma das maiores preocupações das autoridades de saúde.
A campanha foi idealizada pelos próprios vereadores e envolve uma ampla mobilização de setores públicos e privados. As ações serão realizadas ao longo de todo o mês em escolas e espaços frequentados por adolescentes, com foco em informação e conscientização sobre os riscos das drogas, em especial os danos provocados pelos dispositivos eletrônicos para fumar. A proposta é resultado de uma articulação entre a Prefeitura de Cascavel, a Secretaria de Estado da Educação, a Secretaria Municipal de Saúde, universidades locais e a sociedade civil. Instituições de ensino superior e entidades privadas também aderiram à causa, ampliando o alcance das ações preventivas.
A nova lei e a campanha “Vape Zero” simbolizam uma verdadeira cruzada do município contra o vício, que representa fonte de lucro para o tráfico e ameaça direta à saúde da juventude. Os organizadores alertam que o cigarro eletrônico, muitas vezes considerado inofensivo, é ainda mais nocivo que o cigarro convencional e seu uso cresce em ritmo alarmante. Com o Junho Branco, Cascavel assume uma postura proativa e articulada, mostrando que a luta contra as drogas não se limita à repressão, mas começa com a informação e o envolvimento de toda a sociedade.

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